Depressão, Ansiedade e Saúde Reprodutiva

 

DEPRESSÃO E ANSIEDADE PODEM DIFICULTAR A FERTILIDADE?

A resposta é sim. Lidar com a depressão é um grande desafio e pode ser ainda mais desafiador para quem recebe o diagnóstico de infertilidade.

Muitas pessoas associam o fato de ser mulher apenas com a maternidade. Assim, a infertilidade pode fazer com que a mulher se sinta diferente, “defeituosa”, o que é muito equivocado. A infertilidade também pode atrapalhar os objetivos de vida individuais ou de casais e resultar em solidão, impotência e preconceito. Mulheres e homens que sofrem de infertilidade apresentam níveis elevados de estresse, ansiedade e depressão.

 

DE QUE FORMA A DEPRESSÃO IMPACTA A VIDA DE CASAIS?

A vida sexual dos casais pode ser a primeira a sofrer alteração, podendo ocorrer uma diminuição na frequência de relações sexuais. Os homens podem ter dificuldade de ereção, que por sua vez, resulta em menores chances de gravidez natural.

Alguns antidepressivos diminuem muito o desejo sexual (libido), podendo retardar ou acelerar a ejaculação (ejaculação precoce). Desta forma os métodos mais simples de tratamento, como o coito programado e a inseminação artificial, ficam prejudicados.

Estas alterações emocionais também podem gerar mudanças nos hormônios, alterando tanto a ovulação na mulher, quanto a produção e qualidade dos espermatozoides nos homens.

 

ESSES FATORES PODEM ATRAPALHAR O TRATAMENTO DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA?

As consequências do humor deprimido e da ansiedade no resultado do tratamento da infertilidade ainda é incerto. No entanto, a forma como mulheres e casais enfrentam os problemas da fertilidade, pode trazer mudanças em relacionamentos, unindo alguns e distanciando outros. Uma pesquisa recente revelou que de 25 a 35% dos casais relatam que a experiência os aproximou ou fortaleceu muito o relacionamento. 

O diagnóstico de infertilidade pode se tornar um sério desafio. Um grande número de pacientes atendidos em clínicas de fertilização in vitro experimenta sintomas depressivos e devem ser aconselhados e apoiados durante o curso do tratamento.

 

COMO DEVE SER ESSE APOIO?

Ele pode ser feito com o auxílio de um profissional da área da psicologia ou até mesmo um médico psiquiatra. Outras formas que vem ganhando mais adeptos são a acupuntura, a meditação e o yôga. No entanto, não está claro que as intervenções psicológicas para casais com infertilidade têm o potencial de diminuir intensamente a ansiedade e a depressão, e assim melhorar os resultados dos tratamentos da infertilidade, mas com certeza esse suporte emocional fará com que a caminhada se torne muito mais leve.

Então vale a pena tentar e ter o máximo de apoio nessa fase. Usar todos os recursos técnicos existentes e apoiados pela ciência aumentam as chances de sucesso.

Essa postagem é de caráter informativo e não substitui a avaliação médica. Procure um profissional especialista antes de qualquer tratamento.